Azeite de oliva, além de uma iguaria histórica, tem benefícios que melhoram o bem-estar da população
A revolução conduzida pelo cultivo de oliveiras no mundo não serve apenas para refinar o gosto de um mercado sedento por novidades. A busca por qualidade na produção de azeites extravirgens (aqueles com acidez de até 0,8%) ganha aliados poderosos, além de gourmets, chefs e, obviamente, os próprios produtores: os profissionais da área da saúde. A qualidade nutricional e o combate à redução do colesterol alto tornam a avaliação do rótulo um fator essencial para definir o melhor azeite para o consumo.
Que o azeite é muito utilizado para temperar saladas e finalizar pratos, grande parte da população sabe. O que a ciência avança nas pesquisas é sobre a riqueza de gordura natural que faz bem ao coração. A consequência é a redução do mau colesterol (HDL), o que torna o produto ainda mais atrativo para pessoas com hipertensão e diabetes, por exemplo.
Regras básicas
Entretanto, saber identificar um bom azeite no supermercado não é uma tarefa simples para quem não está acostumado. Com uma gama de marcas e, levando em conta o preço, muitas vezes o melhor não é o mais vendido. Entretanto, com alguns princípios básicos, pode-se reconhecer os principais tipos de azeite para entender melhor as recomendações de uso, além de suas características.
Para identificar um bom azeite é preciso já ter uma definição antes do preço: o produto precisa ser extra-virgem: pois ele contém mais nutrientes e menor acidez. Quando não for possível, escolha o virgem. A acidez é outro ponto fundamental. Especialistas recomendam que a acidez seja de, no máximo, 0,8%. Quanto menor o grau de acidez, mais puro e maior qualidade tem o azeite.
A importância da pureza
Escolher o azeite puro, sem misturas com outros azeites ou óleos, é uma tarefa relativamente fácil, mas precisa de atenção. Na maioria das vezes essa informação é encontrada no rótulo. Caso o produto seja misturado com azeite refinado ou outros óleos, podendo receber a denominação de óleo composto.
Uma orientação importante é pegar os azeites do fundo da prateleira, armazenados longe da iluminação. Isso porque a exposição do azeite à luz e ao sol pode oxidar as gorduras monoinsaturadas e fazer com que o azeite perca suas qualidades nutricionais. Outro tópico importante está na embalagem de um azeite puro. Os melhores estão protegidos em recipientes escuros e de vidro para prevenir a ação da luz diretamente no azeite e, com isso, o produto perca qualidade nutricional.
Outra informação importante é acompanhar a fiscalização feita por órgãos, como o Inmetro ou pela Proteste, que avaliam a qualidade de diferentes produtos e de azeites disponíveis no mercado. Isso evita a compra de produtos adulterados ou com fraude, o que prejudica o consumidor – e, por extensão, o mercado.