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Embrapa e Mapa assinam termo para importação e avaliação de variedades de oliveira

Por Francisco Lima

Na manhã do dia 30 de outubro, a Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) assinou Termo de Execução Descentralizada (TED) para captação de 58,9 mil reais da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAF/MAPA). Os recursos são para importação, introdução e avaliação, por meio de Unidades de Observação, de cultivares de oliveiras de origem portuguesa e italiana.

Foto Paulo Lanzetta – Embrapa Clima Temperado

O ato ocorreu, em formato reduzido, na propriedade do presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Paulo Marquioreto, em Encruzilhada do Sul/RS – município que possui a maior área plantada de oliveiras do estado. Além dele, assinaram o termo o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke; o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira; e a superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, Helena Rugeri.

A demanda por novas variedades foi feita à secretaria pela Ibraoliva. “Não podemos ficar limitados a três ou quatro variedades. A Itália deve ter umas 600. Então, a gente precisa aumentar o plantel para melhorar a nossa olivicultura. Certamente, o convênio que está sendo assinado vai dar um impulso e encurtar caminhos”, disse Marquioreto.

O chefe-geral da Embrapa Clima Temperado destacou a atuação da Unidade em projetos ligados à olivicultura e mencionou a equipe e estruturas dedicadas ao setor, com destaque ao Laboratório de Análises de Azeites, recentemente credenciado pelo Mapa. “Nós da Embrapa estamos à disposição para realizar toda a atividade, seja ela de pesquisa ou fomento, em relação à olivicultura”, afirmou Pedroso.

Schwanke, ao conduzir o ato, explicou os objetivos do termo e destacou sua importância. “É uma ação que não é tão grande, mas que é bastante importante para o nosso setor. Ela marca essa aproximação da olivicultura com o Mapa. Até porque isso é novo e a gente precisa se aproximar cada vez mais”, acrescentou.

Por fim, a superintendente do Mapa no Estado, Helena Rugeri, destacou a importância desse apoio para desenvolver a produção de oliveiras e do azeite, não apenas do Rio Grande do Sul, como do país. Também falou do trabalho do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) do Mapa para criação do padrão sensorial do azeite e para controle de irregularidades no produto importado. “Estamos nos treinando para ter essa capacidade. Sabemos que o desenvolvimento do setor depende desse trabalho”, finalizou.

Também participaram do ato o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Clima Temperado, Enilton Fick Coutinho; e o secretário de agricultura de Encruzilhada do Sul, Danilo Cardoso.

Plano de trabalho

A intenção é introduzir no Brasil materiais de Portugual e da Itália, países tradicionais no cultivo da oliveira. A introdução de materiais promissores é uma das bases para programas de melhoramento. Dentre as principais demandas dos produtores estão aumento de produtividade, redução no período de alternância, resistência a pragas e qualidade do azeite.

O plano ainda prevê a estruturação de um banco de matrizes e distribuição de material básico para viveiristas. As avaliações de desempenho agronômico estão previstas para serem realizadas em quatro Unidades de Observação no Rio Grande do Sul, ainda a terem seus locais definidos, e devem resultar na seleção de cultivares com melhor adaptação às condições locais.

Pesquisas em olivicultura

A Embrapa Clima Temperado realiza pesquisas em olivicultura desde 2006. Dois projetos foram responsáveis por formar Bancos Ativos de Germoplasma de oliveira – na Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e na Embrapa Clima Temperado – e por elaborar o zoneamento edafoclimático da cultura no Rio Grande do Sul, documento que indica as áreas e condições mais favoráveis para o cultivo.

O trabalho também resultou em técnicas de propagação vegetativa através de estacas semi-lenhosas; recomendação de plantio de seis cultivares; técnicas de preparo e manejo do solo; identificação das principais pragas e doenças que atacam a cultura; e caracterização física, química e sensorial de azeites produzidos nos estados do RS e SC. 

Por Francisco Lima (13696 DRT/RS) Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO) Embrapa Clima Temperado Pelotas/RS

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